Promotor
Escola de Mulheres - Oficina de Teatro, Lda
Breve Introdução
ESPETÁCULO DE TEATRO A PARTIR DE "O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA" DE JOSÉ SARAMAGO
Como é que uma ilha poderá ser a utopia que há em cada um de nós?
Imagine-se um pensamento de uma Mulher da Limpeza: "Se não sais de ti, não chegas a saber quem és". Imagine-se que um Homem que Queria um Barco sonhou com a Mulher da Limpeza e lhe segredou: "Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar". Agora, imagine-se que estamos no lugar deste homem e desta mulher; que temos diante de nós três portas: a dos obséquios, a das petições e a das decisões. Qual delas seremos tentados a abrir?
No seu conto, José Saramago convida-nos a uma viagem em "que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós". Habitar teatralmente esta aventura onde a metáfora se espraia na areia das palavras é desafiante. Parabolizar teatral e musicalmente uma narrativa que, sendo complexa, não se pode desligar da singeleza do pensamento que a originou, constitui um desafio artístico aliciante. A palavra teatral e musicada é o roteiro para a construção de personagens oníricas, fantasiosa e poético-amorosas. A música, território de eleição dos intérpretes, pisca o olho sedutor ao argumento, deixando-o fluir encantatoriamente. A cenografia e os figurinos são enxertias de uma só planta.
José Rui Martins
*
SARAMAGO, José. O Conto da Ilha Desconhecida.
Ficha Artística
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
A partir de "O Conto da Ilha Desconhecida" de
José Saramago
Adaptação e encenação:
José Rui Martins
Interpretação:
Catarina Moura e
Luís Pedro Madeira
Pesquisa e coordenação literária:
Sérgio Letria e
Sara Figueiredo Costa
Música:
Luís Pedro Madeira
Desenho de Luz:
Paulo Neto
Montagem e operação de luz:
Rui Sérgio Henriques
Apoio técnico:
Luís Viegas
Cenografia:
Zétavares
Figurinos, tapeçaria e adereços:
Cláudia Ribeiro
Carpintaria de cena:
Filipe Simões
Adereços:
Sofia Silva
Costureira:
Marlene Rodrigues
Assistente de produção:
Joana Cavaleiro
Fotografia:
Ricardo Chaves
Apoio à produção: António Gonçalves,
João Silva e
Marta Costa
121(B)ª Produção do Trigo Limpo teatro ACERT
Estreado a 22 de setembro de 2016 no FOLIO, Festival Literário Internacional de Óbidos.